domingo, 10 de fevereiro de 2008

PROBLEMAS VISUAIS

Ser invisual na nossa sociedade é acima de tudo encontrar um mundo cheio de obstáculos fisícos e psicológicos.
(Ana)

É preciso que a nossa sociedade se adapte de forma a eliminar muitas das barreiras que hoje os nossos invisuais têm de enfrentar no seu dia-a-dia.
De entre as pessoas portadoras de deficiência visual temos os indivíduos com baixa visão e os cegos.
No caso das crianças e jovens, estes padecem de baixa visão devido, principalmente, a patologias oculares e acidentes traumáticos. Trata-se de uma situação não corrigível com lentes convencionais.
AJUDAS MATERIAIS E TECNOLOGIAS DE APOIO:
MANUAIS ESCOLARES:
  • Braille
  • falados
  • com caracteres ampliados
  • com figuras em relevo

AJUDAS TÉCNICAS:

  • ótpicas
  • não ópticas
  • electrónicas
  • bengalas
  • software e hardware específico
A inclusão de alunos cegos

Como lidar com cegos?

A primeira ideia a reter é que os cegos são pessoas vulgares. É incorrecto pensar que o cego é um super dotado ou pelo contrário um atrasado mental. Assim sendo trate-o como trataria qualquer cidadão comum.
Fale-lhe directamente e não por interposta pessoa; empregue um tom de voz natural e não pense que ele tem algum grau de surdez. Não substitua as palavras "veja", "olhe" por expressões como "oiça, "apalpe", "verifique".
Não se coiba de usar as palavras cego e cegueira.
Dê-se a conhecer quando se dirige a uma pessoa cega. Se não souber o seu nome ou por qualquer circunstância não se recordar no momento, toque no seu braço, levemente, para que assim saiba que a conversa é com ele.
Depois de ter conversado com um cego, deve informá-lo de que se vai retirar, pois é desagradável para um cego continuar a falar para uma pessoa que já não se encontra perto dele.

Expressões a evitar:

Expressões de piedade, pois os cegos tal como as outras pessoas ressentem-se disso.
Considerações sentimentais acerca da cegueira ou referências a ela como um tormento; não só irrita os que já se adaptaram à sua deficiência como deprime e aflige aqueles que estão a caminho dela.
Expressões de espanto quando algum cego executar uma das muitas tarefas usuais do dia-a-dia.


Como conduzir um cego?


Quando conduzir uma pessoa cega não a empurre para a frente. Convém perguntar ao cego se quer ser ajudado e como.
A maioria prefere agarrar o braço do guia, na zona do cotovelo. Nesse caso dê o seu braço dobrado (o direito) e coloque-se à frente da pessoa cega.
Ao chegar junto a degraus, faça uma pausa e informe o cego se eles se encaminham em sentido ascendente ou descendente; nunca se deve dizer quantos degraus vai subir ou descer porque um erro de cálculo pode originar acidentes graves.
Tenha muito cuidado para não se enganar quando ensina o caminho a um cego, de modo a evitar acidentes e até graves percalços. Deve utilizar as seguintes noções espaciais: esquerda e direita, em frente, para trás, meia volta e um quarto de volta. Os termos "aqui","ali", "acolá" nada dizem a uma pessoa cega.
Quando vir um cego parado junto à borda de um passeio pergunte: "precisa de ajuda?" Se o ajudar a atravessar a rua, tente seguir a direito para não o desorientar. Não se deve gritar de longe para um cego com a intenção de o alertar para qualquer obstáculo.Tal hipótese só é admissível caso o obstáculo não seja detectável com a bengala.

Colaboração nas refeições:

Devemos incentivar o aluno cego a servir-se autonomamente na cantina escolar: retirar o tabuleiro, os talheres, a fruta, o prato com a comida e a sopa.
À refeição deve-se deixar o cego cortar os alimentos, dispondo-os no prato, de maneira a que a carne e o peixe fiquem na parte central em baixo e o acompanhamento na parte de cima.
Quando lhe servirmos líquidos (chá, café ou água), não convém encher os copos, porque é difícil para o cego equilibrá-los.
O ideal é deixar o aluno servir-se autonomamente, colocando o jarro de água ao alcance da mão.
O aluno deve passar à frente nas filas, pois demora mais a comer e a deslocar-se para as aulas e/ou sua casa.
Na deslocação, basta indicar-lhe o caminho a seguir dentro da sala e/ou cantina.
Por fim devemos ter o cuidado de desimpedir os caminhos entre as mesas e não deixar mochilas, cadeiras ou outros objectos nesses trajectos.

Secretariado Nacional de Reabilitação, textos de apoio, CESE em Educação Especial (1993/95)
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