domingo, 10 de fevereiro de 2008

HIPERACTIVIDADE

"A criança hiperactiva distrai-se facilmente e não é capaz de manter a atenção, mesmo durante breves períodos de tempo. Por outro lado, tão-pouco aceita perder ou falhar, e quando uma tarefa exige um pouco de esforço, abandona-a com o mesmo entusiasmo com que a começou.»

(Polaino-Lorente e Ávila, 2004: 39)


RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO

-Aplicação do reforço positivo e de elogios em situações de comportamentos adequados e “ignorar” os comportamentos desadequados;
-Uso estratégico do “feed-back correctivo” ou “censura” aplicando uma ordem directa, breve e firme.
-Optar por afirmar assertivamente o que deve fazer e não o que estava, ou como, o estava a fazer (Ex. “João volta imediatamente para o trabalho!” e não “João não estás a prestar atenção!”);
-Desenvolver e aplicar “recompensas” e “multas” que devem ter em conta o esforço despendido para a resolução de tarefas ou actividades e não o resultado “per si”;
-Criar e dinamizar um ambiente e situações agradáveis e atraentes aliadas, sempre que possível; à descoberta lúdica;
-Promover situações de ensino/aprendizagem interactivo recorrendo, por exemplo, às novas tecnologias;
-Estabelecer relações afectivas/emocionais privilegiadas marcadas pelo contacto ocular com o aluno e as manifestações de “toque” e carinho;
-Transmitir as instruções, para a realização de tarefas ou actividades, utilizando uma linguagem clara, concisa, directa e com ênfase;
-Optar por um discurso em que se altere ligeiramente o volume e a cadência;
-Verificar Através da “leitura de sinais” se o aluno entendeu as instruções transmitidas.


INTERVENÇÃO EDUCATIVA-ESTRATÉGIAS

ORGANIZAR UM AMBIENTE FACILITADOR DA APRENDIZAGEM

-Privilegiar a proximidade física do aluno em relação ao professor;
-Facilitar a proximidade do aluno com um colega com o qual estabeleceu uma relação afectiva privilegiada e que represente, de alguma forma, um “modelo de produtividade e cooperação”;
-Evitar que o aluno permaneça, no espaço da sala de aula, junto de “fontes de distracção”, como por exemplo: junto à janela; no fim da sala, junto de locais de passagem frequente; junto de espaços de arrumação; estratégias e metodologias de ensino/aprendizagem);
-Definir tarefas segundo uma sequência temporal e/ou espacial
-Propor a realização de tarefas e/ou actividades de curta duração e bem definidas (delinear etapas);
-Negociar e fixar limites de tempo para a realização de tarefa (+20-30 m), alternando situações de “trabalho” com situações de pausa ou “descanso”.
-Supervisionar, valorizar e reforçar positivamente a execução das tarefas ou actividades sugeridas;
-Organizar registos nos quais se assinalem os progressos.


AUMENTAR O NÍVEL DE ATENÇÃO E CONCENTRAÇÃO

-Propor actividades que estimulem e desenvolvam a percepção/discriminação visual (Ex: recurso ao apoio visual);
-Incentivar à realização de tarefas e actividades baseadas em estímulos de ordem gráfico/preceptiva;
-Promover situações nas quais se exercitem o raciocínio lógico/matemático;
-Favorecer situações nas quais se exercitem a ordenação; a classificação e a seriação.
-Privilegiar as situações e as propostas de ensino/aprendizagem que impliquem desempenhos motores;
-Sugerir à criança o relato da tarefa que se encontra a realizar no sentido de aumentar o seu período de atenção.




BIBLIOGRAFIA ACONSELHADA:

Falardeau, G. (1999). As crianças hiperactivas. Edições CETOP.
Fernandéz, V. (1980). El Niño Hiperkinético. México: Ed. Trillas
Lopes, J. (2003). A Hiperactividade. Colecção Nova Era, Educação e sociedade. Coimbra: Quarteto editora
Garcia, I. (1999). Hiperactividade . Lisboa: Mc Graw Hill
Jonas, M. (2004). Hiperactividade- como ajudar seu filho. S. Paulo: Plexus Editora
Joyce, M. (1979). A modificação do comportamento; teoria e prática da psicoterapia e psicopedagogia comportamentais.Lisboa: Livros Horizonte
Phelan, T.(2005). TDA/TDAH – Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperactividade. S. Paulo: M. Books do Brasil Editora L.tda
Polaino-Lorente, A; Àvila, C. (2004). Como viver com uma criança hiperactiva. Lisboa: Edições Asa
Rief, S.; Heimburgue, J. (2000). Como Ensinar Todos os Alunos na Sala de Aula Inclusiva- Colecção Ensino Especial nº 11.Porto: Porto Editora
Salgueiro, E. (2004). Crianças irrequietas. Lisboa: ISPA
ACÇÕES DE FORMAÇÃO:

SITES SOBRE HIPERACTIVIDADE:

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